quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Homem preso injustamente por 19 anos em Pernambuco aceitou Jesus por nossa pregação!






Abri o Diário do Nordeste desta manhã, o jornal de maior circulação no estado do Ceará, para a leitura matinal das notícias do Brasil e do mundo. Gosto do cheiro da tinta no papel do jornal e dos livros também, para mim são insubstituíveis.



No primeiro caderno, nas páginas dedicadas às notícias nacionais, deparo-me com uma, vinda do meu querido Pernambuco: “Preso injustamente por 19 anos morre”. Além da manchete, a notícia vinha acompanhada da foto do referido senhor.



Seu nome era Marcos Mariano da Silva. O fato é que ele foi preso em 1976 injustamente por homicídio. Como isso aconteceu? Ele tinha o mesmo nome do verdadeiro assassino, que só foi identificado e preso seis anos depois. Após três anos em liberdade, foi reconhecido em uma blitz por um policial e reconduzido para a prisão por um juiz por violação de liberdade condicional, que sequer consultou o prontuário. Pasmem.



Marcos Mariano passou 13 longos anos na cadeia. Foi abandonado pela família, adquiriu tuberculose e, por fim, perdeu a visão quando uma bomba de efeito moral explodiu perto dos seus olhos em uma rebelião na prisão. E ainda há quem ache que tem motivos para murmurações e que a vida é injusta com eles. Ora, vejam só.



Após um mutirão do poder judiciário, Marcos Mariano foi posto em liberdade. Entrou na justiça pedindo indenização, ganhou em primeira instância, mas o Governo do Estado de Pernambuco recorreu.



Na última terça-feira, dia 22 de novembro, dia do meu aniversário, Marcos Mariano recebeu a notícia que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) unanimemente deu ganho de causa a ele. Algumas horas depois, o ex-mecânico faleceu aos 63 anos de idade. Morreu sem gozar plenamente da justiça dos homens, sem ter seu nome e sua honra limpos. Mas, quanto à justiça de Deus foi bem diferente. Eu explico.



Como cristãos sabemos que as conseqüências do pecado trazem culpa e castigo. Usando um termo jurídico, culpa é a “imputabilidade pessoal que se segue ao ato pecaminoso”. Já o castigo ou pena “traz consigo a noção do castigo que se segue ao pecado. Este castigo pode vir como resultado de conseqüências naturais ou ação direta de Deus”. E que somente em Jesus o homem pode ser restaurado. E essa restauração se dá crendo que a morte de Jesus na cruz foi a única forma de Deus julgar os nossos pecados. Que a ressurreição de Jesus prova que Ele é Deus e que nossos pecados podem ser perdoados para sempre em Jesus.



Pois bem, na cidade de Camaragibe, no Grande Recife, em uma vigília onde este seu servo havia sido convidado para ser o pregador da noite estavam vários visitantes. Um me chamou a atenção. Sandálias havaianas nos pés, calça escura, camisa branca de algodão por fora da camisa, óculos escuros e uma bengala. Sua mulher o acompanhava e não o deixava por nada. Aproximei-me, puxei conversa e ouvi a sua história. Ele falava mansamente, de forma pausada. Ela, ao contrário, era impulsiva e agitada. Ouvi cada palavra atentamente. Chocado, pasmo, horrorizado, indignado, não há palavras para descrever o que senti diante de tamanha injustiça. Fiquei muito tocado e sensibilizado com a história do senhor Marcos Mariano. E quem não ficaria?



Subi ao púlpito naquela noite para pregar a Palavra de Deus cerca de uma hora depois de ter conversado com ele. A mensagem não era evangelística, pois estávamos em uma vigília, embora houvesse visitantes. Todavia, ao concluir o sermão, fiz um convite para aqueles que ainda não tinham recebido o Senhor Jesus como o Seu salvador. Para a minha alegria, naquela noite Marcos Mariano da Silva atendeu ao chamado do Espírito Santo pelo meu apelo e aceitou o Cristo. A Deus seja a glória!



A justiça dos homens levou mais de uma década para absolver Marcos Mariano da Silva. A justiça de Deus levou alguns segundos, o tempo entre ouvir o chamado e tomar a decisão de aceitar Jesus. Justificar significa absolver ou declarar justo. A justificação, portanto, é o ato de Deus pelo qual declara justo aquele que crê em Jesus.



A justificação cancela a culpa e tira a pena ou castigo pelo pecado. Seus resultados são: perdão ou remissão da pena pelo pecado (Gn 2:16-17; Rm 4:7-8; 5:12-14; 6:23; 2Co 5:19); cancelamento da condenação (Rm 8:1,33-34); paz com Deus (Rm 5:1; Ef 2:14-17); restabelecimento do favor de Deus (Rm 4:6; 2Co 5:21; 1Co 1:30); nela há a imputação da justiça de Cristo (Rm 4:5) e nela há herança (Tt 3:7), pois dá certeza do livramento da ira vindoura (Rm 5:9; 1Ts 1:10) e da glorificação (Rm 8:30; Mt 13:43; Gl 5:5).



Marcos Mariano da Silva, se tiver perseverado, hoje está com Jesus no Paraíso. Os homens não lhe fizeram justiça. Mas, como escreveu Myer Pearlman, “aqueles que se sentem sob condenação e necessitados da justificação, esperançosamente invocam a JEOVÁ-TSIDKENU, ‘o Senhor nossa justiça’ (Jer 23:6)”. Assim fez Marcos Mariano, eu e você e em Jesus fomos justificados.





Pedro Agostinho Jr.,

Pastor da Igreja de Cristo.




Um comentário:

  1. A Paz do Senhor Jesus!!!
    O Senhor é o mesmo de ontem, de hoje e de sempre, Glória a Deus!!!
    Estou muito feliz com esta postagem, que Deus continue lhe abençoando e que nunca falte o Óleo da Santa Unção sobre ti.
    Um grande abraço!!!

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