terça-feira, 13 de novembro de 2012

O que creio e ensino


O Que creio e Ensino

Pedro agostinho jr.,
pastor da Igreja de Cristo


Reconheço que há diferenças doutrinárias entre os cristãos e que elas são, muitas vezes, a causa das inúmeras divisões na Igreja de Deus em Cristo Jesus. Por outro lado entendo que a busca pela unidade da Igreja de Cristo no século XXI, que é a vontade de Deus para nós em todos os tempos, passa sem nenhuma dúvida pela concordância nas doutrinas essenciais e pela tolerância nas doutrinas secundárias.

As doutrinas que ensino têm origem na Bíblia Sagrada, dela jorram e estão aqui organizadas sistematicamente e de forma concisa. Este documento resume a fé que compartilho com muitos outros cristãos, mas jamais deverá ser usado para afirmar uma pretensa superioridade doutrinária ou a sua aceitação como uma condição para a comunhão. Ele não é um credo. Pelo contrário, ele existe para nos ajudar na cooperação com outras comunidades da Igreja de Cristo e no avanço do Evangelho entre os homens. A nossa oração e esperança é que cada igreja e cada irmão, um dia, venham a respeitar a liberdade de consciência dos outros. Segue abaixo, com base na Palavra de Deus, o que creio e ensino:

Sobre a Bíblia Sagrada. Afirmamos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, inspirada e transmitida por Deus aos homens. Ela é a nossa máxima autoridade em matéria de fé, sendo que o Novo Testamento forma a base de nosso pensamento e ação cristã (1).

Base bíblica: (1) 2Tm 3:16-17; 2Pe 1:19-21; Dt 4:2; Sl 119:112; Is 8:19-20; Dn 9:2; At 7:38; Hb 1:1; Mt 5:17-18; Jo 10:35; Ap 22:18-19;

Sobre o Único Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Cremos e confessamos a Deus o Pai – Criador e Sustentador do Universo, a Jesus Cristo o Filho – Redentor e Salvador do gênero humano, e o Espírito Santo – Consolador e Santificador dos crentes. Um só Deus na sua essência, subsistente em três pessoas distintas da Santíssima Trindade, co-iguais em poder, em glória e em eternidade (1).
           
Base bíblica: (1) Mt 3:16-17; 28:18-19; Mc 1:9-11; Jo 14:16-17; 16:12-15; Rm 15:30; 2Co 13:13; Gl 4:6-7; Hb 9:14; 1Jo 2:22-23; 5:6-12;

Sobre o Senhor Jesus. Cremos que o Senhor Jesus, concebido do Espírito Santo e da virgem Maria, é o Filho unigênito de Deus; por Ele, para Ele e nEle foram feitas todas as coisas e tudo subsiste (1). Ensinamos que a natureza humana do Senhor Jesus foi perfeitamente santificada em e por Sua concepção pelo Espírito Santo, antes dEle tê-la tomado para si (2). Na cruz o Senhor Jesus sofreu o castigo em nosso lugar e expiou a culpa por nossos pecados, foi morto e sepultado, ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos, apareceu aos discípulos, subiu aos céus e está à direita do Pai, de onde voltará com grande poder e glória para julgar os vivos e os mortos (3). Ele é o único mediador entre Deus e os homens, o único e suficiente Salvador e Senhor (4); Jesus Cristo foi perfeito em natureza, ensino e obediência (5).

Base bíblica: (1) Lc 1:35; Jo 1:14; Cl 1:15-17; (2) Lc 1:35; Jo 14:30; 2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26; 1Pe 1:19; 2:22; (3) Is 53:1-12; Mt 27:33-61; 28:1-10; Jo 20:19-29; At 1:6-11; 7:54-56; 1Co 15:20-28; 1Ts 4:14-18; (4) Jo 14:6; At 4:12; 1Tm 2:5-6; (5) Hb 4:14-15; 5:7-10; 1Pe 2:21-25; Fp 2:1-11;

Sobre o Espírito Santo. Ensinamos que o Espírito Santo é da mesma essência do Pai e do Filho, teve atuação na criação (1), inspirou as Santas Escrituras (2), é o Consolador prometido e enviado pelo Senhor Jesus (3). Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (4). O Espírito Santo opera no crente regenerando-o (5), batizando-o no corpo de Cristo (6), habitando-o (7), selando-o (8), proporcionando-lhe segurança (9), fortalecendo-o (10), enchendo-o (11), libertando-o da lei do pecado e da morte (12), guiando-o (13), chamando-o para serviço especial (14), orientando-o para serviço especial (15), iluminando-o (16) e instruindo-o (17).

Base bíblica: (1) Gn 1:2,26; (2) 2Tm 3:16; 1Pe 1:21; (3) Jo 14:16-17; (4) Jo 16:6-13; (5) Jo3:3-6; Tt 3:5; (6) Jo 1:32-34; (7) 1Co 6:15-19; (8) Ef 1:13-14; (9) Rm 8:14-16; (10) Ef 3:16; (11) Rm 8:2; (12) Rm 8:14; (13) At 13:2,4; (14) At 8:27-29; (15) 1Co 2:12-14; (16) Jo 16:13-14; (17) 1Ts 1:5;

Sobre os Anjos. Os anjos são seres espirituais (1), criados por Deus (2), imortais (3) e numerosos (4). Eles não se reproduzem (5) e são poderosos (6). Cremos que a obra dos anjos bons consiste em adorar a Deus (7), proteger e livrar o seu povo (8), guiar e encorajar os servos do Senhor (9). Eles interpretaram a vontade de Deus para os homens (10) e executam juízos contra indivíduos e nações (11) e, ainda, levam os salvos que dormem em Jesus para o lar (12).

Base bíblica: (1) Hb 1:14; (2) Cl 1:16; Jó 38:6-7; Jd 6; (3) Lc 20:36; (4) Hb 12:22; (5) Mc 12:25; (6) 2Pe 2:11; (7) Mt 18:10; Sl 148:2; Hb 1:6; (8) Hb 1:14; (9) At 27:23-24; (10) At 27:23-24; Zc 1:9,13,14,19; 2:3; (11) Gn 19:13; Ap 14:6-7; Mt 13:39; At 12:23; (12) Lc 16:22; Jd 9;

Sobre Satanás e os Demônios. Satanás era o mais glorioso dos anjos (1), mas ele aspirou ser como Deus, caiu em condenação e foi lançado fora do céu, junto com um grupo de anjos que o acompanharam em sua rebelião – os demônios (2). Desde então seu alvo é destruir as obras de Deus, tornando-se o agente pessoal do mal e o principal responsável pela entrada do pecado no mundo e a infelicidade humana. Conhecido como Lúcifer ou Diabo, ele é um ser pessoal, autor do pecado e causador da queda do homem (3).

Base bíblica: (1) Ez 28:11-15; (2) Is 14.12-20; 1Tm 3.6; Ef 6:11-12; (3) Gn 3.1-7; Mt 4.1-11, 25-41; 1Pe 5.8; Ap 20.10;

Sobre o Homem. Ensinamos que o ser humano foi criado, macho e fêmea, à imagem e semelhança de Deus, inocente, moralmente livre e responsável para escolher entre o certo e o errado (1). Por causa da origem da raça humana toda forma de racismo e distinções preconceituosas são injustificáveis (2).

Base bíblica: (1) Gn 1:26-31; 2:1-25; At 17:26; Gn 5:1-3; Sl 51:5; 58:3; 130:3; Jo 3:6; Ef 2:3; (2) Lc 10:30-35; At 10:34-35; Rm 10:12; Cl 3:11; Gl 3:28; At 17:26;

Sobre o Pecado. Cremos que o pecado veio ao mundo, e com ele a morte, pela desobediência dos nossos primeiros pais – Adão e Eva. Com eles todo o gênero humano caiu, perdeu a comunhão com Deus, passou a ter uma natureza corrupta e desde o nascimento está continuamente inclinado ao pecado e incapacitado de restaurar a sua comunhão com Deus por si mesmo. Chamamos essa pecaminosidade de pecado inerente, herdado ou original. Por causa do pecado toda a terra está amaldiçoada (1). Ensinamos que as crianças herdam dos seus pais a natureza pecaminosa, pois cada um produz o seu igual, mas antes da idade de responsabilidade moral não são pessoalmente culpadas (2). Cremos que o pecado pessoal, diferentemente do inerente, é a desobediência ou transgressão voluntária da vontade de Deus, é não fazer o bem e tudo que não provém da fé (3).

Base bíblica: (1) Rm 5:12-21; 1Co 15:21-22; Rm 7:7-24; Ef 2:3; Gn 3:17-18; (2) Gn 5:1-5; Jó 14:4; 15:14; Sl 51:5; Mt 7:17-18; Dt 1:39; Gn 18:25; (3) 1Jo 3:4; 5:17; Tg 4:17; Rm 14:23;

Sobre a Expiação. O Senhor Jesus, com o seu sacrifício perfeito, suficiente e consumado na cruz, fez uma expiação para todo o pecado da humanidade. A expiação é a única base para a salvação, sendo suficiente para cada descendente de Adão e eficaz para a salvação daqueles adultos que, por alguma razão, não têm condições de serem responsabilizados e pelas crianças na inocência. Porém, somente é eficiente para a salvação daqueles que chegam à idade da responsabilidade, por meio da conversão e o novo nascimento (1).

Base bíblica: (1) Is 53:5-6; Mc 10:45; Lc 24:46-48; Jo 1.12; 1:29; 3:14-17; 16:7-11; At 4:12; Rm 3:21-26; 4:24-25; 5:8-11; 6:23; 2Co 5:17; Gl 2:16; 3:2-3; Ef 1:7; 2:8-10,13; Cl 1:13-22; 2Tm 2:19; Tt 2:11-14; Hb 9:11-14, 25-26; 10:8-14; 1Pe 1:17-21; Jo 3:3-8;

Sobre a Graça de Deus. Cremos que a graça de Deus através de Jesus Cristo é dada gratuitamente a todos os seres humanos, os capacitando a responder à ela com o arrependimento dos pecados e fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor (1).

Base bíblica: (1) Ez 18:25-26; Rm 5:6-8, 17-19; 6:23; 2Co 5:18-19; Ef 2:8-10;

Sobre a Ordem da Salvação. Ensinamos que a ordem da salvação, de forma lógica e não cronológica, é a seguinte: eleição (1), chamado de Deus (2), conversão (3), regeneração ou novo nascimento (4), justificação (5), união com Cristo (6), adoção (7), santificação (8) e glorificação (9).

Base bíblica: (1) Rm 8:28-30; 1Pe 1:1-2; (2) Mt 11:28; 1Tm 2:4; Mt 28:19; (3) At 2:38; 3:19; 17:30; Ef 2:8; At 16:31; 26:18; (4) Jo 3:3-6; 1Pe 1:3; Tg 1:18; Tt 3:5; 2Co 5:17; Ef 4:20-24; 5:25-26; (5) At 13:38-39; Rm 8:33-34; 2Co 5:21; Cl 2:13; Rm 8:1; (6) Cl 2:8-15; Rm 6:3-6; Jo 14:23; 15:5; Gl 2:20; 1Co 6:17; (7) Rm 8:15; Gl 4:5; Ef 1:5; (8) 1Ts 5:23; Ef 5:26; Tt 2:14; Hb 13:20-21; Fp 1:6; Gl 5:16,25; Rm 8:4-5,9,13-14,16,26-27; (9) Fp 3:20-21; 1Jo 3:2; 1Co 13:12; 15:38-50; Rm 8:18-25; Ap 21:1-2,5;

Sobre a Segurança da Salvação. A segurança da salvação é dada a todos os cristãos verdadeiros mediante a habitação do Espírito Santo e que, pela graça mediante a fé, estamos em Cristo, nossa redenção e justiça; e, perseverando nEle temos a segurança eterna (1).

Base bíblica: (1) Jo 6:38-40; 10:27-30; 1Jo 5:18; 2Co 1:22; 5:5; Ef 1:14; 1Pe 1:5; Hb 6:4-6; 10:26-31; Mt 24:12-13; Lc 9:62; Rm 11:17-21; 1Co 9:27; Gl 5:4; 1Tm 1:19; 4:1; Hb 3:6,12,14; 2Pe 2:20-22; 1Jo 5:11-12; Ap 2:15-16;

Sobre a Igreja. A Igreja de Deus é universal, a comunidade dos cristãos em todas as épocas e lugares; também é local, as igrejas formadas pela associação voluntária dos discípulos de Cristo em determinada localidade geográfica (1). A finalidade da Igreja de Cristo é a adoração a Deus (2), a pregação do Evangelho (3), a edificação dos irmãos (4) e o exercício da beneficência (5). Ensinamos que as características distintivas de uma igreja verdadeira são: a pregação da Palavra de Deus, da mensagem do Evangelho da salvação pela fé, em detrimento de doutrinas humanas ou falsas (6); administração correta das ordenanças (7); e a aplicação eficaz da disciplina (8). Cada igreja local governa a si mesma e elege seu Pastor, um Conselho de Presbíteros e uma Mesa de Diáconos (9).

Base bíblica: (1) Mt 16:18; Ef 1:22-23; 4:4; 5:23,25; 1Co 12:28; Hb 12:23; Rm 16:5,16; 1Co 16:19; 2Co 1:2; 2Co 1:1; 1Ts 1:1; At 9:31; (2) Jo 4:23-24; Cl 3:16-17; Ef 5:15-20; Hb 10:25; 1Co 16:2; (3) Mt 28:19; At 1:8; 1Co 9:16; (4) Mt 28:19; Ef 4:11-16; (5) At 11:29; 2Co 8:4; 1Jo 3:17; Tg 1:27; (6) At 6:7; 1Tm 4:1,6,10; Jd 3; (7) Mt 28:19; Jo 3:23; At 8:36; Rm 6:3-5; Mt 26:26-29; 1Co 10:16-21; 11:23-29; (8) Mt 18:15-20; 1Tm 5:19-21; Hb 12:6-8; (9) At 20:28; Hb 13:17; 1Tm 5:17-18; 3:2; Tt 1:5; At 15:22; 20:17: 1Pe 5:1-3; At 14:23; Fp 1:1; 1Tm 3:8-13; At 6:1-6;

Sobre os Dízimos e Ofertas. A obtenção dos recursos da igreja se dá através dos dízimos e ofertas voluntárias dos seus membros. Esse é um princípio estabelecido por Deus desde o Velho Testamento. O Senhor Jesus e os Apóstolos o confirmaram e ampliaram nos ensinando que semear com fartura nos conduz a uma colheita com abundância (1). Todavia, discordamos da “palavra de fé” ou “confissão positiva” da teologia da prosperidade. Tal doutrina da prosperidade não faz parte do ensino e da prática de Jesus e dos apóstolos. Jesus Cristo declarou que não possuía sequer um lugar para repousar a cabeça e o apostolo Paulo disse que sabia o que era ter fartura e passar necessidade (2).

Base bíblica: (1) Gn 14:20; Pv 3:9-10; Ml 3:6-12; Mt 23:23; Lc 6.38; At 11:29-30; 1Co 16:1-3; 2Co 8:1-15; 9.6-7; (2) Lc 9:58; Fp 4:12-13.

Sobre a Unidade da Igreja. Cremos na possibilidade da unidade de todos os cristãos. Confraternizamo-nos com pessoas de outras comunhões cristãs, mediante a adoração, o estudo bíblico, a missão e o serviço, sempre que possível (1).

Base bíblica: (1) Jo 17:20-23; Ef 4:1-16; At 4:32; Fp 2:2; Rm 16:17-18; Gl 5:20-21; 2Co 6:14; Mt 18:17; 1Co 5:11-13;

Sobre o Batismo nas Águas. Batizamos por imersão nas águas os crentes, a partir da idade de responsabilidade moral, que tenham confessado publicamente a Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, em cumprimento da ordem do Senhor Jesus. Ele é um símbolo da nova vida em Cristo e representa a união com Jesus na sua vida, morte e ressurreição (1).

Base bíblica: (1) Mt 3:5-6,13-17; 28:18-20; At 2:37-42; 10:44-48; Rm 6:1-14; 8:12-17; 1Co 12:12-14;

Sobre a Ceia do Senhor. Celebramos a Ceia do Senhor, também chamada Comunhão, comemorando o ato redentor de Deus na pessoa de Cristo, mediante sua cruz e a ressurreição, afirmando nossa unidade em Cristo e o nosso compromisso de levar o Evangelho a toda criatura. Embora não haja um imperativo bíblico quanto à sua periodicidade, as igrejas do nosso Movimento tradicionalmente celebram a Ceia do Senhor semanalmente (1).

Base bíblica: (1) Mt 26:17-31; 1Co 11:17-34; At 20:7;

Sobre os Meios da Graça. Ensinamos que os meios da graça são àquelas atividades na comunhão da igreja que Deus usa para distribuir mais graça aos cristãos. Entendemos por meios da graça o ensino da Palavra (1), o batismo nas águas (2), a Ceia do Senhor (3), a oração (4), a adoração (5), a disciplina (6), a oferta (7), os dons espirituais (8), a comunhão (9), a evangelização (10) e o ministério individual (11).

Base bíblica: (1) Rm 1:16; 1Co 1:24; Tg 1:18; 1Pe 1:23; 2Tm 3:15-16; At 20:32; Rm 15:4; Ef 6:17; Hb 4:12; (2) Mt 28:19; Rm 6:2-5; Cl 2:12; At 2:38; At 8:39; At 16:34; (3) 1Co 10:16,17,21; 1Co 11:29-30; Mt 26:26; Jo 6:52-58; (4) At 4:24-31; At 2:42; At 12:5; Hb 4:16; (5) Jo 4:23-24; Fp 3:3; At 13:2; 2Cr 5:13-14; 20:18-23; (6) 1Co 5:4; 4:19-20; Mt 16:19; 18:18-20; (7) 2Co 8:5; 2Co 9:6-12; (8) 1Pe 4:10; 1Co 4:12; 12:7; Ef 4:11-16; (9) At 2:42-47; Hb 10:24-25; Jo 15:12; Gl 6:2; (10) At 2:4,14-36; 4:8; 9:17,20; 13:9,52; (11) Cl 3:16; Ef 4:29;

Sobre o Batismo e a Plenitude do Espírito Santo. A obra do Espírito Santo que capacita o cristão com poder para a adoração, testemunho e serviço foi profetizada (1) e se cumpriu no dia de Pentecostes para os judeus ali presentes, seus filhos e para todos os que viessem a crer em Jesus (2). Esta experiência é descrita por várias frases bíblicas e análogas: batismo com o Espírito Santo (3), ficar cheio do Espírito Santo (4), receber o Espírito Santo (5), o Espírito Santo descendo sobre (6), ser derramado o Espírito Santo (7) e receber o dom do Espírito Santo (8). Às vezes ela resulta na manifestação do dom de falar em línguas (9), mas não é sempre, podendo também resultar no uso dos outros dons espirituais conforme o Espírito Santo os distribuir (10). O batismo no Espírito adicional à conversão não é a única e nem a experiência definitiva da obra do revestimento de poder pelo Espírito Santo. Ele é a primeira experiência de uma vida caracterizada por várias unções ou enchimentos do Espírito (11).
           
            Base bíblica: (1) Jl 2:28-32; Mt 3:11; At 1:8; (2) At 2:1-13; 2:39; 8:4-19; 9:1-19; 10:44-48; 11:15-17; 19:1-7; (3) Mt 3:11; At 1:5; (4) At 2:4; (5) At 8:17; 10:47; (6) At 10:44; 11:15; (7) At 2:17-18; 10:45; (8) At 2:38; (9) At 2:4; 10:45-46; 19:6; (10) At 2:17; 10:46; 1Co 12:4-10; 14:2,15; 1Co 12:11; (11) Ef 5:18; At 4:8; 4:31; 13:9;

Sobre os Dons do Espírito Santo. Vivenciamos todos os dons do Espírito Santo descritos no Novo Testamento e manifestados na Igreja Primitiva (1). Temos, porém, como princípio o conselho do Apóstolo Paulo para seguirmos o caminho do amor e buscarmos com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia (2).
           
            Base bíblica: (1) Rm 12.4-8; 1Co 12. 4-11; Ef 4.7-13; 1Pe 4.10-11; (2) 1Co 14.1-25;

Sobre a Cura Divina. Cremos na cura de enfermidades em seus aspectos variados. Incentivamos o povo de Deus a procurar oferecer a oração da fé para a cura dos doentes, como no ministério de Jesus e na Igreja Primitiva. Assim como nos tempos bíblicos, os meios e agências providenciais, quando julgados necessários, não devem ser recusados (1).

Base bíblica: (1) Mt 4.23-24; Jo 4.46-54; At 5.12-16; 9.32-42; 14.8-15; 1Co 12.4-11; 2Co 12.7-10; Tg 5.13-16;

Sobre a Batalha Espiritual. Cremos que a Igreja de Deus está envolvida numa batalha espiritual constante e que o Senhor Jesus outorgou a ela o seu poder e autoridade para libertar os cativos do reino das trevas. Por essa razão cada crente deve aprender a usar as armas espirituais que estão à sua disposição (1). Afirmamos que na obra de Cristo consumada na cruz todos os pactos malignos feitos no passado e as maldições hereditárias foram quebradas (2).

Base bíblica: (1) Is 66:1-3; Lc 10:17; At 8:7; 16:18; Tg 4:7; 1Pe 5:8-9; 1Jo 3:8; Ef 1:18-22; Cl 1:13-14; (2) Jo 8:32,36; Rm 8:33-39; 1Jo 2:1-2; 3:8; Hb 7:25; 1Jo 1:7,9; Ap 1:5;

Sobre a Santificação. A santificação é uma obra da vontade de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres do pecado e semelhantes a Cristo. Ela se dá pelo sangue de Cristo, pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus (1). Quanto ao tempo, a santificação é posicional e instantânea (2), prática e progressiva (3) e, por fim, completa e absoluta (4).

Base bíblica: (1) 1Jo 1:7; 1Pe 1:1-2; Jo 17:17; (2) Hb 10:10; 1Pe 1:3-4; Rm 1:7; (3) Ap 22:11; 1Co 7:1; Rm 6:12-13,22; (4) Rm 8:22-23;

Sobre o Fruto do Espírito e as Boas Obras. O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Essa é a evidência inquestionável e necessária do nosso andar no Espírito Santo (1). Já as boas obras são frutos que nascem de uma fé viva e verdadeira em Jesus Cristo, mas não podem nos salvar dos nossos pecados nem do juízo de Deus, contudo são agradáveis e aceitáveis a Deus quando executadas com reverência e humildade (2).

Base bíblica: (1) Gl 5:22-23; (2) Mt 5:16; 7:16-20; Rm 3:27-28; Ef 2:10; 2Tm 1:8-9; Tt 3:5;

Sobre a Imposição das Mãos e a Unção com Óleo. A imposição das mãos é um ato simbólico que deve ser feito com entendimento bíblico e o máximo de critério possível (1). Às vezes é ministrada após o batismo (2), nas ordenações e comissionamentos (3), na cura de enfermos (4) e na impetração de bênçãos (5). A prática da unção com óleo não deve ser associada a nenhum sentido medicinal ou sacramental, pois ela é um ato de obediência à Palavra de Deus e pode despertar a fé do enfermo no momento da oração da fé em seu favor. A unção com óleo deve ser feita conforme o que prescreve o Novo Testamento, ou seja, associada à oração e cura dos enfermos, aplicada na cabeça do enfermo e como prerrogativa dos presbíteros (6).

Base bíblica: (1) Hb 6:2; 1Tm 5:22; (2) At 8:16-17; 19:5-6; (3) At 6:6; 13:3; 1Tm 5:22; 2Tm 1:6; (4) Mc 6:5; 16:16; Lc 4:40; At 28:8; (5) Mt 19:13-15; (6) Mc 6:13; Tg 5:14-15;

Sobre o Reino de Deus. O Reino de Deus se manifestou através da vida e obra de Jesus Cristo, está presente hoje nos corações e nas vidas dos crentes, dia a dia se expande e com a volta de Cristo irá prevalecer sobre todos os reinos desse mundo (1).

Base bíblica: (1) Mt 6:10, 19-20; 24:14; At 1:8; Rm 8:19-23; 1Co 15:20-25; Fp 2:9-10; 1Ts 4:15-17; 2Ts 1:5-12; 2Pe 3:3-10; Ap 14:6; 21:3-8; 22:1-5, 17;

Sobre a Volta de Cristo. O Senhor Jesus Cristo voltará uma segunda vez, pessoal, física e visivelmente, triunfante e glorioso, a qualquer momento antes do milênio e após um período de grande tribulação (1).

Base bíblica: (1) Dn 12:2; Mt 24:29-31,44; 25:31-32; 26:63-64; Mc 13:3-37; Lc 21:25-28; Jo 14:1-3; At 1:9-11; 1Ts 4:13-18; 5:2; 2Ts 2:7-8; Ap 3:11; 20:1-13; 22:20; Mt 24:1-51; 1Pe 4:14; 2:21; Rm 8:17; Hb 2:10; Ap 2:10;

Sobre o Juízo Final. Cremos que haverá um julgamento final, onde todos os homens terão de comparecer diante de Deus para serem julgados segundo os seus feitos nessa vida e de acordo com Evangelho, assim como os anjos malignos (1).

Base bíblica: (1) Is 65:17-25; Mt 25:31-46; 1Co 15:24-28; 2Pe 2:4; Jd 6; 1Co 6:2-3; Rm 8:19-21; Hb 12:26-27; 2Pe 3:10; Ap 20:11-15; 21:1-5; 22:3;

Sobre a Imortalidade da Alma no Céu ou Inferno. Afirmamos que a alma é imortal e a sua existência é consciente em gozo no céu ou em miséria no inferno (1). O inferno é o lugar que Deus preparou para o Diabo e seus demônios, mas que será também o destino eterno das almas que recusam a Jesus como Salvador e Senhor (2).

Base bíblica: (1) Gn 2:7; Ec 3:11; 12:7; Dn 12:2; Mt 25:31-46; Lc 16:22-31; 19:21; Ap 20:10-14; 21:7-8; (2) Mt 25:30, 41-46; Mc 9:43-48; Lc 16:22-24; Ap 14:9-11; 20:10-14; 21:8.



Nenhum comentário:

Postar um comentário