O Que creio e Ensino
Pedro agostinho jr.,
pastor da Igreja de Cristo
Reconheço
que há diferenças doutrinárias entre os cristãos e que elas são, muitas vezes,
a causa das inúmeras divisões na Igreja de Deus em Cristo Jesus. Por
outro lado entendo que a busca pela unidade da Igreja de Cristo no século XXI,
que é a vontade de Deus para nós em todos os tempos, passa sem nenhuma dúvida
pela concordância nas doutrinas essenciais e pela tolerância nas doutrinas
secundárias.
As
doutrinas que ensino têm origem na Bíblia Sagrada, dela jorram e estão aqui
organizadas sistematicamente e de forma concisa. Este documento resume a fé que
compartilho com muitos outros cristãos, mas jamais deverá ser usado para
afirmar uma pretensa superioridade doutrinária ou a sua aceitação como uma
condição para a comunhão. Ele não é um credo. Pelo contrário, ele existe para
nos ajudar na cooperação com outras comunidades da Igreja de Cristo e no avanço
do Evangelho entre os homens. A nossa oração e esperança é que cada igreja e
cada irmão, um dia, venham a respeitar a liberdade de consciência dos outros.
Segue abaixo, com base na Palavra de Deus, o que creio e ensino:
Sobre a Bíblia Sagrada.
Afirmamos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, inspirada e transmitida por
Deus aos homens. Ela é a nossa máxima autoridade em matéria de fé, sendo que o
Novo Testamento forma a base de nosso pensamento e ação cristã (1).
Base bíblica: (1) 2Tm 3:16-17; 2Pe
1:19-21; Dt 4:2; Sl 119:112; Is 8:19-20; Dn 9:2; At 7:38; Hb 1:1; Mt 5:17-18;
Jo 10:35; Ap 22:18-19;
Sobre o Único Deus: Pai, Filho
e Espírito Santo. Cremos e confessamos a Deus o Pai –
Criador e Sustentador do Universo, a Jesus Cristo o Filho – Redentor e Salvador
do gênero humano, e o Espírito Santo – Consolador e Santificador dos crentes.
Um só Deus na sua essência, subsistente em três pessoas distintas da Santíssima
Trindade, co-iguais em poder, em glória e em eternidade (1).
Base bíblica: (1) Mt
3:16-17; 28:18-19; Mc 1:9-11; Jo 14:16-17; 16:12-15; Rm 15:30; 2Co 13:13; Gl
4:6-7; Hb 9:14; 1Jo 2:22-23; 5:6-12;
Sobre o Senhor Jesus.
Cremos que o Senhor Jesus, concebido do Espírito Santo e da virgem Maria, é o
Filho unigênito de Deus; por Ele, para Ele e nEle foram feitas todas as coisas
e tudo subsiste (1). Ensinamos que a natureza humana do Senhor Jesus foi
perfeitamente santificada em e por Sua concepção pelo Espírito Santo, antes
dEle tê-la tomado para si (2). Na cruz o Senhor Jesus sofreu o castigo em nosso
lugar e expiou a culpa por nossos pecados, foi morto e sepultado, ao terceiro
dia ressurgiu dentre os mortos, apareceu aos discípulos, subiu aos céus e está
à direita do Pai, de onde voltará com grande poder e glória para julgar os
vivos e os mortos (3). Ele é o único mediador entre Deus e os homens, o único e
suficiente Salvador e Senhor (4); Jesus Cristo foi perfeito em natureza, ensino
e obediência (5).
Base bíblica: (1) Lc 1:35; Jo 1:14;
Cl 1:15-17; (2) Lc 1:35; Jo 14:30; 2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26; 1Pe 1:19; 2:22; (3)
Is 53:1-12; Mt 27:33-61; 28:1-10; Jo 20:19-29; At 1:6-11; 7:54-56; 1Co
15:20-28; 1Ts 4:14-18; (4) Jo 14:6; At 4:12; 1Tm 2:5-6; (5) Hb 4:14-15; 5:7-10;
1Pe 2:21-25; Fp 2:1-11;
Sobre o Espírito Santo.
Ensinamos que o Espírito Santo é da mesma essência do Pai e do Filho, teve
atuação na criação (1), inspirou as Santas Escrituras (2), é o Consolador
prometido e enviado pelo Senhor Jesus (3). Ele convence o mundo do pecado, da
justiça e do juízo (4). O Espírito Santo opera no crente regenerando-o (5),
batizando-o no corpo de Cristo (6), habitando-o (7), selando-o (8),
proporcionando-lhe segurança (9), fortalecendo-o (10), enchendo-o (11),
libertando-o da lei do pecado e da morte (12), guiando-o (13), chamando-o para
serviço especial (14), orientando-o para serviço especial (15), iluminando-o
(16) e instruindo-o (17).
Base bíblica: (1) Gn 1:2,26; (2) 2Tm
3:16; 1Pe 1:21; (3) Jo 14:16-17; (4) Jo 16:6-13; (5) Jo3:3-6; Tt 3:5; (6) Jo
1:32-34; (7) 1Co 6:15-19; (8) Ef 1:13-14; (9) Rm 8:14-16; (10) Ef 3:16; (11) Rm
8:2; (12) Rm 8:14; (13) At 13:2,4; (14) At 8:27-29; (15) 1Co 2:12-14; (16) Jo
16:13-14; (17) 1Ts 1:5;
Sobre os Anjos.
Os anjos são seres espirituais (1), criados por Deus (2), imortais (3) e
numerosos (4). Eles não se reproduzem (5) e são poderosos (6). Cremos que a
obra dos anjos bons consiste em adorar a Deus (7), proteger e livrar o seu povo
(8), guiar e encorajar os servos do Senhor (9). Eles interpretaram a vontade de
Deus para os homens (10) e executam juízos contra indivíduos e nações (11) e,
ainda, levam os salvos que dormem em Jesus para o lar (12).
Base bíblica: (1) Hb 1:14; (2) Cl
1:16; Jó 38:6-7; Jd 6; (3) Lc 20:36; (4) Hb 12:22; (5) Mc 12:25; (6) 2Pe 2:11;
(7) Mt 18:10; Sl 148:2; Hb 1:6; (8) Hb 1:14; (9) At 27:23-24; (10) At 27:23-24;
Zc 1:9,13,14,19; 2:3; (11) Gn 19:13; Ap 14:6-7; Mt 13:39; At 12:23; (12) Lc
16:22; Jd 9;
Sobre Satanás e os Demônios.
Satanás era o mais glorioso dos anjos (1), mas ele aspirou ser como Deus, caiu
em condenação e foi lançado fora do céu, junto com um grupo de anjos que o
acompanharam em sua rebelião – os demônios (2). Desde então seu alvo é destruir
as obras de Deus, tornando-se o agente pessoal do mal e o principal responsável
pela entrada do pecado no mundo e a infelicidade humana. Conhecido como Lúcifer
ou Diabo, ele é um ser pessoal, autor do pecado e causador da queda do homem
(3).
Base
bíblica: (1) Ez 28:11-15; (2) Is 14.12-20; 1Tm 3.6; Ef 6:11-12; (3) Gn 3.1-7;
Mt 4.1-11, 25-41; 1Pe 5.8; Ap 20.10;
Sobre o Homem.
Ensinamos que o ser humano foi criado, macho e fêmea, à imagem e semelhança de
Deus, inocente, moralmente livre e responsável para escolher entre o certo e o
errado (1). Por causa da origem da raça humana toda forma de racismo e
distinções preconceituosas são injustificáveis (2).
Base bíblica: (1) Gn 1:26-31;
2:1-25; At 17:26; Gn 5:1-3; Sl 51:5; 58:3; 130:3; Jo 3:6; Ef 2:3; (2) Lc
10:30-35; At 10:34-35; Rm 10:12; Cl 3:11; Gl 3:28; At 17:26;
Sobre o Pecado.
Cremos que o pecado veio ao mundo, e com ele a morte, pela desobediência dos
nossos primeiros pais – Adão e Eva. Com eles todo o gênero humano caiu, perdeu
a comunhão com Deus, passou a ter uma natureza corrupta e desde o nascimento
está continuamente inclinado ao pecado e incapacitado de restaurar a sua
comunhão com Deus por si mesmo. Chamamos essa pecaminosidade de pecado
inerente, herdado ou original. Por causa do pecado toda a terra está
amaldiçoada (1). Ensinamos que as crianças herdam dos seus pais a natureza
pecaminosa, pois cada um produz o seu igual, mas antes da idade de
responsabilidade moral não são pessoalmente culpadas (2). Cremos que o pecado
pessoal, diferentemente do inerente, é a desobediência ou transgressão
voluntária da vontade de Deus, é não fazer o bem e tudo que não provém da fé
(3).
Base
bíblica: (1) Rm 5:12-21; 1Co 15:21-22; Rm 7:7-24; Ef 2:3; Gn 3:17-18; (2) Gn
5:1-5; Jó 14:4; 15:14; Sl 51:5; Mt 7:17-18; Dt 1:39; Gn 18:25; (3) 1Jo 3:4;
5:17; Tg 4:17; Rm 14:23;
Sobre a Expiação.
O Senhor Jesus, com o seu sacrifício perfeito, suficiente e consumado na cruz,
fez uma expiação para todo o pecado da humanidade. A expiação é a única base
para a salvação, sendo suficiente para cada descendente de Adão e eficaz para a
salvação daqueles adultos que, por alguma razão, não têm condições de serem
responsabilizados e pelas crianças na inocência. Porém, somente é eficiente
para a salvação daqueles que chegam à idade da responsabilidade, por meio da
conversão e o novo nascimento (1).
Base bíblica: (1) Is 53:5-6; Mc
10:45; Lc 24:46-48; Jo 1.12; 1:29; 3:14-17; 16:7-11; At 4:12; Rm 3:21-26;
4:24-25; 5:8-11; 6:23; 2Co 5:17; Gl 2:16; 3:2-3; Ef 1:7; 2:8-10,13; Cl 1:13-22;
2Tm 2:19; Tt 2:11-14; Hb 9:11-14, 25-26; 10:8-14; 1Pe 1:17-21; Jo 3:3-8;
Sobre a Graça de Deus.
Cremos que a graça de Deus através de Jesus Cristo é dada gratuitamente a todos
os seres humanos, os capacitando a responder à ela com o arrependimento dos
pecados e fé em Jesus
Cristo como Salvador e Senhor (1).
Base
bíblica: (1) Ez 18:25-26; Rm 5:6-8, 17-19; 6:23; 2Co 5:18-19; Ef 2:8-10;
Sobre a Ordem da Salvação.
Ensinamos que a ordem da salvação, de forma lógica e não cronológica, é a
seguinte: eleição (1), chamado de Deus (2), conversão (3), regeneração ou novo
nascimento (4), justificação (5), união com Cristo (6), adoção (7),
santificação (8) e glorificação (9).
Base bíblica: (1) Rm 8:28-30; 1Pe
1:1-2; (2) Mt 11:28; 1Tm 2:4; Mt 28:19; (3) At 2:38; 3:19; 17:30; Ef 2:8; At
16:31; 26:18; (4) Jo 3:3-6; 1Pe 1:3; Tg 1:18; Tt 3:5; 2Co 5:17; Ef 4:20-24;
5:25-26; (5) At 13:38-39; Rm 8:33-34; 2Co 5:21; Cl 2:13; Rm 8:1; (6) Cl 2:8-15;
Rm 6:3-6; Jo 14:23; 15:5; Gl 2:20; 1Co 6:17; (7) Rm 8:15; Gl 4:5; Ef 1:5; (8)
1Ts 5:23; Ef 5:26; Tt 2:14; Hb 13:20-21; Fp 1:6; Gl 5:16,25; Rm
8:4-5,9,13-14,16,26-27; (9) Fp 3:20-21; 1Jo 3:2; 1Co 13:12; 15:38-50; Rm
8:18-25; Ap 21:1-2,5;
Sobre a Segurança da Salvação.
A segurança da salvação é dada a todos os cristãos verdadeiros mediante a
habitação do Espírito Santo e que, pela graça mediante a fé, estamos em Cristo,
nossa redenção e justiça; e, perseverando nEle temos a segurança eterna (1).
Base
bíblica: (1) Jo 6:38-40; 10:27-30; 1Jo 5:18; 2Co 1:22; 5:5; Ef 1:14; 1Pe 1:5;
Hb 6:4-6; 10:26-31; Mt 24:12-13; Lc 9:62; Rm 11:17-21; 1Co 9:27; Gl 5:4; 1Tm
1:19; 4:1; Hb 3:6,12,14; 2Pe 2:20-22; 1Jo 5:11-12; Ap 2:15-16;
Sobre a Igreja.
A Igreja de Deus é universal, a comunidade dos cristãos em todas as épocas e
lugares; também é local, as igrejas formadas pela associação voluntária dos
discípulos de Cristo em determinada localidade geográfica (1). A finalidade da
Igreja de Cristo é a adoração a Deus (2), a pregação do Evangelho (3), a
edificação dos irmãos (4) e o exercício da beneficência (5). Ensinamos que as
características distintivas de uma igreja verdadeira são: a pregação da Palavra
de Deus, da mensagem do Evangelho da salvação pela fé, em detrimento de
doutrinas humanas ou falsas (6); administração correta das ordenanças (7); e a
aplicação eficaz da disciplina (8). Cada igreja local governa a si mesma e
elege seu Pastor, um Conselho de Presbíteros e uma Mesa de Diáconos (9).
Base bíblica: (1) Mt 16:18; Ef
1:22-23; 4:4; 5:23,25; 1Co 12:28; Hb 12:23; Rm 16:5,16; 1Co 16:19; 2Co 1:2; 2Co
1:1; 1Ts 1:1; At 9:31; (2) Jo 4:23-24; Cl 3:16-17; Ef 5:15-20; Hb 10:25; 1Co
16:2; (3) Mt 28:19; At 1:8; 1Co 9:16; (4) Mt 28:19; Ef 4:11-16; (5) At 11:29;
2Co 8:4; 1Jo 3:17; Tg 1:27; (6) At 6:7; 1Tm 4:1,6,10; Jd 3; (7) Mt 28:19; Jo
3:23; At 8:36; Rm 6:3-5; Mt 26:26-29; 1Co 10:16-21; 11:23-29; (8) Mt 18:15-20;
1Tm 5:19-21; Hb 12:6-8; (9) At 20:28; Hb 13:17; 1Tm 5:17-18; 3:2; Tt 1:5; At
15:22; 20:17: 1Pe 5:1-3; At 14:23; Fp 1:1; 1Tm 3:8-13; At 6:1-6;
Sobre os Dízimos e Ofertas.
A obtenção dos recursos da igreja se dá através dos dízimos e ofertas
voluntárias dos seus membros. Esse é um princípio estabelecido por Deus desde o
Velho Testamento. O Senhor Jesus e os Apóstolos o confirmaram e ampliaram nos
ensinando que semear com fartura nos conduz a uma colheita com abundância (1). Todavia,
discordamos da “palavra de fé” ou “confissão positiva” da teologia da
prosperidade. Tal doutrina da prosperidade não faz parte do ensino e da prática
de Jesus e dos apóstolos. Jesus Cristo declarou que não possuía sequer um lugar
para repousar a cabeça e o apostolo Paulo disse que sabia o que era ter fartura
e passar necessidade (2).
Base bíblica: (1) Gn 14:20; Pv
3:9-10; Ml 3:6-12; Mt 23:23; Lc 6.38; At 11:29-30; 1Co 16:1-3; 2Co 8:1-15; 9.6-7;
(2) Lc 9:58; Fp 4:12-13.
Sobre a Unidade da Igreja.
Cremos na possibilidade da unidade de todos os cristãos. Confraternizamo-nos
com pessoas de outras comunhões cristãs, mediante a adoração, o estudo bíblico,
a missão e o serviço, sempre que possível (1).
Base bíblica:
(1) Jo 17:20-23; Ef 4:1-16; At 4:32; Fp 2:2; Rm 16:17-18; Gl 5:20-21; 2Co 6:14;
Mt 18:17; 1Co 5:11-13;
Sobre o Batismo nas Águas.
Batizamos por imersão nas águas os crentes, a partir da idade de
responsabilidade moral, que tenham confessado publicamente a Cristo como seu
Senhor e Salvador pessoal, em cumprimento da ordem do Senhor Jesus. Ele é um
símbolo da nova vida em Cristo e representa a união com Jesus na sua vida,
morte e ressurreição (1).
Base bíblica: (1) Mt 3:5-6,13-17; 28:18-20;
At 2:37-42; 10:44-48; Rm 6:1-14; 8:12-17; 1Co 12:12-14;
Sobre a Ceia do Senhor.
Celebramos a Ceia do Senhor, também chamada Comunhão, comemorando o ato
redentor de Deus na pessoa de Cristo, mediante sua cruz e a ressurreição,
afirmando nossa unidade em Cristo e o nosso compromisso de levar o Evangelho a
toda criatura. Embora não haja um imperativo bíblico quanto à sua
periodicidade, as igrejas do nosso Movimento tradicionalmente celebram a Ceia
do Senhor semanalmente (1).
Base bíblica: (1) Mt 26:17-31; 1Co
11:17-34; At 20:7;
Sobre os Meios da Graça.
Ensinamos que os meios da graça são àquelas atividades na comunhão da igreja
que Deus usa para distribuir mais graça aos cristãos. Entendemos por meios da
graça o ensino da Palavra (1), o batismo nas águas (2), a Ceia do Senhor (3), a
oração (4), a adoração (5), a disciplina (6), a oferta (7), os dons espirituais
(8), a comunhão (9), a evangelização (10) e o ministério individual (11).
Base bíblica: (1) Rm 1:16; 1Co 1:24;
Tg 1:18; 1Pe 1:23; 2Tm 3:15-16; At 20:32; Rm 15:4; Ef 6:17; Hb 4:12; (2) Mt
28:19; Rm 6:2-5; Cl 2:12; At 2:38; At 8:39; At 16:34; (3) 1Co 10:16,17,21; 1Co
11:29-30; Mt 26:26; Jo 6:52-58; (4) At 4:24-31; At 2:42; At 12:5; Hb 4:16; (5)
Jo 4:23-24; Fp 3:3; At 13:2; 2Cr 5:13-14; 20:18-23; (6) 1Co 5:4; 4:19-20; Mt
16:19; 18:18-20; (7) 2Co 8:5; 2Co 9:6-12; (8) 1Pe 4:10; 1Co 4:12; 12:7; Ef
4:11-16; (9) At 2:42-47; Hb 10:24-25; Jo 15:12; Gl 6:2; (10) At 2:4,14-36; 4:8;
9:17,20; 13:9,52; (11) Cl 3:16; Ef 4:29;
Sobre o Batismo e a
Plenitude do Espírito Santo. A obra do Espírito Santo que capacita o cristão com poder
para a adoração, testemunho e serviço foi profetizada (1) e se cumpriu no dia de Pentecostes para os judeus ali
presentes, seus filhos e para todos os que viessem a crer em Jesus (2). Esta
experiência é descrita por várias frases bíblicas e análogas: batismo
com o Espírito Santo (3), ficar cheio do Espírito Santo (4), receber o Espírito
Santo (5), o Espírito Santo descendo sobre (6), ser derramado o Espírito Santo
(7) e receber o dom do Espírito Santo (8). Às vezes
ela resulta na manifestação do dom de falar em línguas (9), mas não é sempre,
podendo também resultar no uso dos outros dons espirituais conforme o Espírito
Santo os distribuir (10). O batismo no Espírito adicional à conversão não é a
única e nem a experiência definitiva da obra do revestimento de poder pelo
Espírito Santo. Ele é a primeira experiência de uma vida caracterizada por
várias unções ou enchimentos do Espírito (11).
Base
bíblica: (1) Jl 2:28-32; Mt 3:11; At 1:8; (2) At 2:1-13; 2:39;
8:4-19; 9:1-19; 10:44-48; 11:15-17; 19:1-7; (3) Mt 3:11; At 1:5; (4) At 2:4;
(5) At 8:17; 10:47; (6) At 10:44; 11:15; (7) At 2:17-18; 10:45; (8) At 2:38;
(9) At 2:4; 10:45-46; 19:6; (10) At 2:17; 10:46; 1Co 12:4-10; 14:2,15; 1Co
12:11; (11) Ef 5:18; At 4:8; 4:31; 13:9;
Sobre os Dons do Espírito Santo. Vivenciamos todos os dons do
Espírito Santo descritos no Novo Testamento e manifestados na Igreja Primitiva
(1). Temos, porém, como princípio o conselho do Apóstolo Paulo para seguirmos o
caminho do amor e buscarmos com dedicação os dons espirituais, principalmente o
dom de profecia (2).
Base
bíblica: (1) Rm 12.4-8; 1Co 12. 4-11; Ef 4.7-13; 1Pe 4.10-11; (2) 1Co 14.1-25;
Sobre a Cura Divina.
Cremos na cura de enfermidades em seus aspectos variados. Incentivamos o povo
de Deus a procurar oferecer a oração da fé para a cura dos doentes, como no
ministério de Jesus e na Igreja Primitiva. Assim como nos tempos bíblicos, os
meios e agências providenciais, quando julgados necessários, não devem ser
recusados (1).
Base bíblica: (1) Mt 4.23-24; Jo
4.46-54; At 5.12-16; 9.32-42; 14.8-15; 1Co 12.4-11; 2Co 12.7-10; Tg 5.13-16;
Sobre a
Batalha Espiritual. Cremos
que a Igreja de Deus está envolvida numa batalha espiritual constante e que o
Senhor Jesus outorgou a ela o seu poder e autoridade para libertar os cativos
do reino das trevas. Por essa razão cada crente deve aprender a usar as armas
espirituais que estão à sua disposição (1). Afirmamos que na obra de Cristo
consumada na cruz todos os pactos malignos feitos no passado e as maldições
hereditárias foram quebradas (2).
Base bíblica: (1) Is 66:1-3; Lc
10:17; At 8:7; 16:18; Tg 4:7; 1Pe 5:8-9; 1Jo 3:8; Ef 1:18-22; Cl 1:13-14; (2)
Jo 8:32,36; Rm 8:33-39; 1Jo 2:1-2; 3:8; Hb 7:25; 1Jo 1:7,9; Ap 1:5;
Sobre a Santificação.
A santificação é uma obra da vontade de Deus e do homem que nos torna cada vez
mais livres do pecado e semelhantes a Cristo. Ela se dá pelo sangue de Cristo,
pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus (1). Quanto ao tempo, a santificação
é posicional e instantânea (2), prática e progressiva (3) e, por fim, completa
e absoluta (4).
Base
bíblica: (1) 1Jo 1:7; 1Pe 1:1-2; Jo 17:17; (2) Hb 10:10; 1Pe 1:3-4; Rm 1:7; (3)
Ap 22:11; 1Co 7:1; Rm 6:12-13,22; (4) Rm 8:22-23;
Sobre o Fruto do Espírito e as
Boas Obras. O fruto do Espírito é amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Essa é
a evidência inquestionável e necessária do nosso andar no Espírito Santo (1). Já
as boas obras são frutos que nascem de uma fé viva e verdadeira em Jesus Cristo , mas não
podem nos salvar dos nossos pecados nem do juízo de Deus, contudo são
agradáveis e aceitáveis a Deus quando executadas com reverência e humildade
(2).
Base
bíblica: (1) Gl 5:22-23; (2) Mt 5:16; 7:16-20; Rm 3:27-28; Ef 2:10; 2Tm 1:8-9;
Tt 3:5;
Sobre a Imposição das Mãos e a
Unção com Óleo. A imposição das mãos é um ato simbólico
que deve ser feito com entendimento bíblico e o máximo de critério possível
(1). Às vezes é ministrada após o batismo (2), nas ordenações e
comissionamentos (3), na cura de enfermos (4) e na impetração de bênçãos (5). A
prática da unção com óleo não deve ser associada a nenhum sentido medicinal ou
sacramental, pois ela é um ato de obediência à Palavra de Deus e pode despertar
a fé do enfermo no momento da oração da fé em seu favor. A unção com óleo deve
ser feita conforme o que prescreve o Novo Testamento, ou seja, associada à
oração e cura dos enfermos, aplicada na cabeça do enfermo e como prerrogativa dos presbíteros (6).
Base bíblica: (1) Hb 6:2; 1Tm 5:22;
(2) At 8:16-17; 19:5-6; (3) At 6:6; 13:3; 1Tm 5:22; 2Tm 1:6; (4) Mc 6:5; 16:16;
Lc 4:40; At 28:8; (5) Mt 19:13-15; (6) Mc 6:13; Tg 5:14-15;
Sobre o Reino de Deus. O
Reino de Deus se manifestou através da vida e obra de Jesus Cristo, está
presente hoje nos corações e nas vidas dos crentes, dia a dia se expande e com
a volta de Cristo irá prevalecer sobre todos os reinos desse mundo (1).
Base bíblica: (1) Mt 6:10, 19-20;
24:14; At 1:8; Rm 8:19-23; 1Co 15:20-25; Fp 2:9-10; 1Ts 4:15-17; 2Ts 1:5-12;
2Pe 3:3-10; Ap 14:6; 21:3-8; 22:1-5, 17;
Sobre a Volta de Cristo.
O Senhor Jesus Cristo voltará uma segunda vez, pessoal, física e visivelmente,
triunfante e glorioso, a qualquer momento antes do milênio e após um período de
grande tribulação (1).
Base bíblica: (1) Dn 12:2; Mt
24:29-31,44; 25:31-32; 26:63-64; Mc 13:3-37; Lc 21:25-28; Jo 14:1-3; At 1:9-11;
1Ts 4:13-18; 5:2; 2Ts 2:7-8; Ap 3:11; 20:1-13; 22:20; Mt 24:1-51; 1Pe 4:14;
2:21; Rm 8:17; Hb 2:10; Ap 2:10;
Sobre o Juízo Final.
Cremos que haverá um julgamento final, onde todos os homens terão de comparecer
diante de Deus para serem julgados segundo os seus feitos nessa vida e de
acordo com Evangelho, assim como os anjos malignos (1).
Base bíblica: (1) Is 65:17-25; Mt
25:31-46; 1Co 15:24-28; 2Pe 2:4; Jd 6; 1Co 6:2-3; Rm 8:19-21; Hb 12:26-27; 2Pe
3:10; Ap 20:11-15; 21:1-5; 22:3;
Sobre a Imortalidade da Alma
no Céu ou Inferno. Afirmamos que a alma é imortal e a sua
existência é consciente em gozo no céu ou em miséria no inferno (1). O inferno
é o lugar que Deus preparou para o Diabo e seus demônios, mas que será também o
destino eterno das almas que recusam a Jesus como Salvador e Senhor (2).
Base bíblica: (1) Gn 2:7; Ec 3:11;
12:7; Dn 12:2; Mt 25:31-46; Lc 16:22-31; 19:21; Ap 20:10-14; 21:7-8; (2) Mt
25:30, 41-46; Mc 9:43-48; Lc 16:22-24; Ap 14:9-11; 20:10-14; 21:8.
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